terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Critérios de Avaliação para Redação da FUVEST

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Por Ana Lourenço
Publicado em 27 nov 2017, 16h30
Se você vai prestar a segunda fase da Universidade de São Paulo - USP, provavelmente a redação é uma das suas preocupações, tanto porque representa uma parte importante da nota, quanto porque tem o seu modo de corrigir e de elaborar temas.
Nessas semanas finais de estudo, o importante é continuar treinando as redações da maneira que você vem fazendo ao longo do ano. De acordo com a professora Andrea Provasi Lanzara, do Cursinho da Poli, não se deve perder o ritmo, mesmo com a proximidade das férias e das comemorações de fim de ano. “É necessário que o estudante escreva um ou dois textos por semana, e que procure formar um grupo de amigos para trocar essas redações entre si”, diz.
A redação, especificamente, é aplicada no primeiro dia, junto à prova de português e inglês, valendo 50 pontos dentre os 100 totais do dia. A Fuvest cobra o mesmo tipo de texto da Unesp: o dissertativo.

Veja os critérios de correção:

C1 - Tipo de texto e abordagem: A banca examina se o texto atendeu aos padrões de uma dissertação e se está adequado ao tema. Assim como na Unesp, também é avaliado se o texto soube articular o tema à coletânea, e se foi capaz de selecionar os pontos importantes de cada trecho. Também é analisada a abordagem do tema e o potencial crítico dos argumentos.
C2 - Estrutura: Avalia a coerência do texto, os parágrafos, os elementos de coesão. A organização dos argumentos e sua disposição no texto também são analisados.
C3 - Expressividade: Corrige os aspectos gramaticais, como ortografia, pontuação e demais erros. Além disso, a competência do candidato em defender o ponto de vista e a clareza de suas ideias.

De acordo com a professora Andrea, a Fuvest valoriza muito o texto bem articulado e o candidato que saiba ir além da coletânea. “O bom texto para a Fuvest é aquele que articula bem os argumentos, que apresenta informatividade, que consegue transcender a proposta e a coletânea e que consegue mostrar princípio de autoria”, diz.
Mas o que significa isso? Simples: o candidato deve mostrar que sabe fundamentar sua tese com seu repertório pessoal de informações, ou seja, que consegue sair do senso comum e do que é apresentado nos textos da coletânea, apresentando um conhecimento construído ao longo da vida e em tudo o que absorveu de seus estudos.
Se você estiver com dúvidas de como fazer um bom texto seguindo esses parâmetros, a pesquisadora e assessora pedagógica da editora Saraiva, Carolina Assis Dias Vianna recomenda que você dê liberdade ao seu pensamento.
“Na hora da prova, reflita: com base nos textos da coletânea e em outros que você já leu sobre o assunto, o que você de fato pensa? Não tente adivinhar o que os corretores querem que você escreva”, diz.
Nesse sentido, não tenha medo de defender suas ideias. “Assumir um ponto de vista não significa necessariamente ter de dizer que é bom ou ruim, certo ou errado. Pelo contrário, uma opinião madura considera que nunca uma situação terá uma avaliação única”, ressalta Carolina.

Em relação aos temas, a Fuvest é conhecida por pedir temas com um teor mais filosófico e reflexivo. “Isso leva ao erro de pensar que temas filosóficos e subjetivos estão em oposição a temas de atualidades. Mas esse pensamento é equivocado, porque são temas que devem ser trabalhados em relação à sociedade atual”, explica a professora Andrea.
Fonte: Guia do Estudante (adaptado)