Por Ana Lourenço
Publicado em 27 nov 2017, 16h30
Se você vai
prestar a segunda fase da Universidade de São Paulo - USP, provavelmente a
redação é uma das suas preocupações, tanto porque representa uma parte
importante da nota, quanto porque tem o seu modo de corrigir e de elaborar
temas.
C1 - Tipo de texto e abordagem: A banca examina se o texto atendeu aos padrões de uma dissertação e se está adequado ao tema. Assim como na Unesp, também é avaliado se o texto soube articular o tema à coletânea, e se foi capaz de selecionar os pontos importantes de cada trecho. Também é analisada a abordagem do tema e o potencial crítico dos argumentos.
De acordo com a professora Andrea, a Fuvest valoriza muito o texto bem articulado e o candidato que saiba ir além da coletânea. “O bom texto para a Fuvest é aquele que articula bem os argumentos, que apresenta informatividade, que consegue transcender a proposta e a coletânea e que consegue mostrar princípio de autoria”, diz.
Nessas
semanas finais de estudo, o importante é continuar treinando as redações da
maneira que você vem fazendo ao longo do ano. De acordo com a professora Andrea
Provasi Lanzara, do Cursinho da Poli, não se deve perder o ritmo, mesmo com a
proximidade das férias e das comemorações de fim de ano. “É necessário que o estudante escreva um ou dois textos por semana,
e que procure formar um grupo de amigos para trocar essas redações entre si”,
diz.
A redação, especificamente, é aplicada no primeiro dia, junto à prova de
português e inglês, valendo 50 pontos dentre os 100
totais do dia. A Fuvest cobra o mesmo tipo de texto da Unesp: o dissertativo.
Veja os
critérios de correção:
C1 - Tipo de texto e abordagem: A banca examina se o texto atendeu aos padrões de uma dissertação e se está adequado ao tema. Assim como na Unesp, também é avaliado se o texto soube articular o tema à coletânea, e se foi capaz de selecionar os pontos importantes de cada trecho. Também é analisada a abordagem do tema e o potencial crítico dos argumentos.
C2 - Estrutura: Avalia
a coerência do texto, os parágrafos, os elementos de coesão. A organização dos
argumentos e sua disposição no texto também são analisados.
C3 -
Expressividade: Corrige os aspectos gramaticais, como
ortografia, pontuação e demais erros. Além disso, a competência do candidato em
defender o ponto de vista e a clareza de suas ideias.
De acordo com a professora Andrea, a Fuvest valoriza muito o texto bem articulado e o candidato que saiba ir além da coletânea. “O bom texto para a Fuvest é aquele que articula bem os argumentos, que apresenta informatividade, que consegue transcender a proposta e a coletânea e que consegue mostrar princípio de autoria”, diz.
Mas o que
significa isso? Simples: o candidato deve mostrar que sabe fundamentar sua tese com seu repertório pessoal de informações,
ou seja, que consegue sair do senso comum e do que é apresentado nos
textos da coletânea, apresentando um conhecimento construído ao longo da vida e
em tudo o que absorveu de seus estudos.
Se você
estiver com dúvidas de como fazer um bom texto seguindo esses parâmetros, a
pesquisadora e assessora pedagógica da editora Saraiva, Carolina Assis Dias
Vianna recomenda que você dê liberdade ao seu pensamento.
“Na hora da
prova, reflita: com base nos textos da coletânea e em outros que você já leu
sobre o assunto, o que você de fato pensa? Não tente adivinhar o que os
corretores querem que você escreva”, diz.
Nesse
sentido, não tenha medo de defender suas ideias. “Assumir um ponto de vista não
significa necessariamente ter de dizer que é bom ou ruim, certo ou errado. Pelo
contrário, uma opinião madura considera que nunca uma situação terá uma
avaliação única”, ressalta Carolina.
Em relação
aos temas, a Fuvest é conhecida por pedir temas com um teor mais
filosófico e reflexivo. “Isso leva ao erro de pensar que temas
filosóficos e subjetivos estão em oposição a temas de atualidades. Mas esse
pensamento é equivocado, porque são temas que devem ser trabalhados em relação
à sociedade atual”, explica a professora Andrea.
Fonte: Guia do
Estudante (adaptado)