segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Aprenda a montar um cronograma de estudos infalível
Para que as leituras e os exercícios resolvidos sejam eficazes, é importante ter organização
Por Malú Damázio
Publicado em 7 fev 2018, 11h32
Você já sentiu que, por mais que estudasse bastante, não conseguia ter um bom aproveitamento do conteúdo revisado? Isso ocorre porque passar horas debruçado sobre livros e resumos pode não ser a melhor forma de aprender. Ter dedicação integral aos estudos não quer dizer que você deve ver absolutamente todas as matérias todos os dias. Para que as leituras e os exercícios resolvidos sejam eficazes, é importante ter organização. Com um cronograma de estudos bem definido, você poderá aprimorar o aprendizado.
“Ter um cronograma de estudos é o diferencial para fixar e acelerar o processo de aprendizagem, e na criação de bons hábitos de estudo, ajudando o candidato a chegar ainda mais perto da universidade dos sonhos”, explica o gerente pedagógico e professor de Português do Descomplica, Eduardo Valladares. Entender melhor o conteúdo nada tem a ver com passar 12 horas seguidas estudando. Para ir bem no Enem e nos vestibulares é preciso pensar em uma estratégia de estudos.
Observar sua rotina, seu tempo livre, respeitar os momentos de descanso e usar técnicas para aumentar a produtividade do tempo de revisão são algumas medidas importantes para mandar bem na preparação para os processos seletivos. Veja abaixo as dicas que o professor separou para te ajudar montar um cronograma infalível.
1) Conheça sua rotina
O cronograma precisa ser adaptado ao seu dia-a-dia: de nada adianta montar um planejamento com base em tempo que você não tem. Por isso, analise sua rotina e pense em quais horários já estão preenchidos com atividades como aulas, cursos, refeições, lazer, e, a partir disso, calcule qual o tempo disponível para se dedicar aos estudos.
Inclua no cronograma as tarefas fixas do seu dia e em quais horários elas são desempenhadas. Anote também os momentos exclusivos para estudar. Não se esqueça de pensar nos imprevistos e no tempo de deslocamento, por exemplo, do cursinho para casa! Reserve algum tempo livre na agenda para a margem de erro, caso o planejamento não saia exatamente como imaginado.
2) Defina horários para estudar
Depois de colocar as atividades diárias, preencha o cronograma com os horários das classes. Coloque as que você irá assistir na escola ou no cursinho e também as aulas online, caso você estude sozinho em casa. Reserve um tempo imediatamente após as aulas, de cerca de uma hora, para organizar as anotações sobre os temas vistos.
Classes vistas e anotações ordenadas. Agora é hora de aprofundar os estudos sobre os conteúdos. Estabeleça um horário para pesquisar mais sobre o assunto, consultar outras fontes, ler o capítulo completo no livro. Lembre-se de especificar horários para cada atividade: estudo, anotação, exercícios, aprofundamento, revisão. Deixe tudo organizadinho.
3) Tenha um ambiente de estudos
Para ter boa produtividade é preciso organizar não só a rotina, mas também o ambiente em que você passará tempo se dedicando aos estudos. Nada de ler e fazer resumos cada dia em um lugar. Deixe o sofá e a cama de lado e defina um local fixo para estudar, onde estarão todos os materiais necessários: livros, apostilas, bloquinhos de anotações, cadernos, resumos anteriores. É essencial que o local de estudos seja ordenado e limpo. Se possível, mantenha-o afastado de distrações. Deixe o computador, a televisão e o celular para outra hora.
4) Escolha um método para estudar
Você já pesquisou sobre técnicas e métodos de estudo? Eles te ajudam a ordenar a forma de estudar e potencializam sua capacidade de aprender. O professor Eduardo Valladares separou duas técnicas que podem facilitar sua rotina.
- Método Pomodoro: A Técnica Pomodoro foi desenvolvida por um universitário italiano para melhorar a capacidade de concentração. Ela consiste em reservar tempos para estudo sem qualquer interrupção, intercalados com momentos de descanso. A dica é estudar direto por 30 minutos, sem parar. Evite as distrações e cronometre meia hora: 15 minutos para ler a matéria, por exemplo, e outros 15 para montar um resumo. Ao fim da contagem, descanse por 7 minutos (siga o método direitinho, nada de continuar fazendo exercícios, hein!), e depois tome outros 30 minutos para estudar e assim por diante.
- Curva do esquecimento: Sabe aquela sensação que os dias vão passando e você já está esquecendo tudo que estudou na semana passada? Pois é, a técnica da curva do esquecimento visa impedir que isso aconteça. Por isso, você precisa fazer revisões constantes das matérias. O método estabelece três revisões para cada conteúdo estudado: uma 24 horas depois, outra após sete dias e outra depois de um mês. Use os resumos que você mesmo fez. Quando você usa o material que produziu, o tempo gasto para relembrar as matérias é menor.
5) Se planeje para imprevistos!
Por mais que você se organize, algumas situações podem sair do controle. Fique tranquilo! Imprevistos acontecem e você precisa estar preparados para eles. Para isso, reserve um tempo em cada dia para compensar qualquer fato inesperado. Planeje sempre a próxima semana separando uma hora na sexta-feira anterior para atualizar o cronograma caso você queira fazer mudanças.
6) Reserve tempo para descanso e lazer
Por mais que você ache importante estudar, lembre-se que é preciso também respeitar seu corpo e seu organismo. Dê um tempo para você e adicione ao cronograma horários reservados para descanso e também para lazer. Inclua no planejamento atividades como academia, teatro, encontro com amigos, momentos para assistir séries etc.
Programe-se também para o final de semana. Se você irá passar um tempo estudando, separe um período maior para sair, ir ao cinema, conversar com os amigos, comer com a família. É essencial que você consiga descansar e espairecer. Afinal, cansaço é super prejudicial ao aprendizado.
Fonte: Guia do Estudante
sábado, 10 de fevereiro de 2018
SIMULADOS
Simulado on-line. Você responde a prova e já pode medir seus conhecimentos instantaneamente
Fonte: http://www.estudantes.com.br/simulado/default.asp
Trovadorismo

Cumpre dizer, antes de tudo, que o Trovadorismo se manifestou na Idade Média, período este que teve início com o fim do Império Romano (destruído no século V com a invasão dos bárbaros vindos do norte da Europa), e se estendeu até o século XV, quando se deu a época do Renascimento. Nesse sentido, o artigo ora em questão tem por finalidade abordar acerca do contexto histórico-social, cultural e artístico que tanto demarcou este importante período da arte literária.
No que diz respeito ao aspecto econômico, toda a Europa dessa época sofria com as sucessivas invasões dos povos germânicos, fato este que culminava em inúmeras guerras. Nessa conjuntura desenvolveu-se o sistema econômico denominado de feudalismo, no qual o direito de governar se concentrava somente nas mãos do senhor feudal, o qual mantinha plenos poderes sobre todos os seus servos e vassalos que trabalhavam em suas terras. Este senhor, também chamado de suserano, cedia a posse de terras a um vassalo, que se comprometia a cultivá-las, repassando, assim, parte da produção ao dono do feudo. Em troca dessa fidelidade e trabalho, os servos contavam com a proteção militar e judicial, no caso de possíveis ataques e invasões. A essa relação subordinada dava-se o nome de vassalagem.
Quanto ao contexto cultural e artístico, podemos afirmar que toda a Idade Média foi fortemente influenciada pela Igreja, a qual detinha o poder político e econômico, mantendo-se acima até de toda a nobreza feudal. Nesse ínterim, figurava uma visão de mundo baseada tão somente no teocentrismo, cuja ideologia afirmava que Deus era o centro de todas as coisas. Assim, o homem mantinha-se totalmente crédulo e religioso, cujos posicionamentos estavam sempre à mercê da vontade divina, assim como todos os fenômenos naturais.
Na arquitetura, toda a produção artística esteve voltada para a construção de igrejas, mosteiros, abadias e catedrais, tanto na Alta Idade Média, na qual predominou o estilo romântico, quanto na Baixa Idade Média, predominando o estilo gótico. No que tange às produções literárias, todas elas eram feitas em galego-português, denominadas de cantigas.
No intuito de retratar a vida aristocrática nas cortes portuguesas, as cantigas receberam influência de um tipo de poesia originário da Provença – região sul da França, daí o nome de poesia provençal –, como também da poesia popular, ligada à música e à dança. No que tange à temática elas estavam relacionadas a determinados valores culturais e a certos tipos de comportamento difundidos pela cavalaria feudal, que até então lutava nas Cruzadas no intuito de resgatar a Terra Santa do domínio dos mouros. Percebe-se, portanto, que nas cantigas prevaleciam distintos propósitos: havia aquelas em que se manifestavam juras de amor feitas à mulher do cavaleiro, outras em que predominava o sofrimento de amor da jovem em razão de o namorado ter partido para as Cruzadas, e ainda outras, em que a intenção era descrever, de forma irônica, os costumes da sociedade portuguesa, então vigente. Assim, em virtude do aspecto que apresentavam, as cantigas se subdividiam em:
CANTIGAS LÍRICAS ---------->>> DE AMOR
DE AMIGO
DE AMIGO
CANTIGAS SATÍRICAS ---------->>> DE ESCÁRNIO
DE MALDIZER
DE MALDIZER
Cantigas de amor
O sentimento oriundo da submissão entre o servo e o senhor feudal transformou-se no que chamamos de vassalagem amorosa, preconizando, assim, um amor cortês. O amante vive sempre em estado de sofrimento, também chamado de coita, visto que não é correspondido. Ainda assim dedica à mulher amada (senhor) fidelidade, respeito e submissão. Nesse cenário, a mulher é tida como um ser inatingível, à qual o cavaleiro deseja servir como vassalo. A título de ilustração, observemos, pois, um exemplo:
Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
entre me for como me vai,
Cá já moiro por vós, e - ai!
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retraya
Quando vos eu vi em saya!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
Me foi a mi mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
Dhaver eu por vós guarvaia,
Pois eu, mia senhor, dalfaia
Nunca de vós houve nem hei
Valia dua correa.
Paio Soares de Taveirós
entre me for como me vai,
Cá já moiro por vós, e - ai!
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retraya
Quando vos eu vi em saya!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
Me foi a mi mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
Dhaver eu por vós guarvaia,
Pois eu, mia senhor, dalfaia
Nunca de vós houve nem hei
Valia dua correa.
Paio Soares de Taveirós
Vocabulário:
Nom me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim.
Mentre: enquanto.
Ca: pois.
Branca e vermelha: a cor branca da pele, contrastando com o vermelho do rosto, rosada.
Retraya: descreva, pinte, retrate.
En saya: na intimidade; sem manto.
Que: pois.
Des: desde.
Semelha: parece.
D’haver eu por vós: que eu vos cubra.
Guarvaya: manto vermelho que geralmente é usado pela nobreza.
Alfaya: presente.
Valia d’ua correa: objeto de pequeno valor.
Nom me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim.
Mentre: enquanto.
Ca: pois.
Branca e vermelha: a cor branca da pele, contrastando com o vermelho do rosto, rosada.
Retraya: descreva, pinte, retrate.
En saya: na intimidade; sem manto.
Que: pois.
Des: desde.
Semelha: parece.
D’haver eu por vós: que eu vos cubra.
Guarvaya: manto vermelho que geralmente é usado pela nobreza.
Alfaya: presente.
Valia d’ua correa: objeto de pequeno valor.
Cantigas de amigo
Surgidas na própria Península Ibérica, as cantigas de amigo eram inspiradas em cantigas populares, fato que as concebe como sendo mais ricas e mais variadas no que diz respeito à temática e à forma, além de serem mais antigas. Diferentemente da cantiga de amor, na qual o sentimento expresso é masculino, a cantiga de amigo é expressa em uma voz feminina, embora seja de autoria masculina, em virtude de que naquela época às mulheres não era concedido o direito de alfabetização.
Tais cantigas tinham como cenário a vida campesina ou nas aldeias, e geralmente exprimiam o sofrimento da mulher separada de seu amado (também chamado de amigo), vivendo sempre ausente em virtude de guerras ou viagens inexplicadas. O eu lírico, materializado pela voz feminina, sempre tinha um confidente com o qual compartilhava seus sentimentos, representado pela figura da mãe, amigas ou os próprios elementos da natureza, tais como pássaros, fontes, árvores ou o mar. Constatemos um exemplo:
Ai flores, ai flores do verde pinho
se sabedes novas do meu amigo,
ai deus, e u é?
se sabedes novas do meu amigo,
ai deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado,
ai deus, e u é?
se sabedes novas do meu amado,
ai deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquele que mentiu do que pôs comigo,
ai deus, e u é?
aquele que mentiu do que pôs comigo,
ai deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquele que mentiu do que me há jurado
ai deus, e u é?
aquele que mentiu do que me há jurado
ai deus, e u é?
(...)
D. Dinis
Cantigas satíricas
De origem popular, essas cantigas retratavam uma temática originária de assuntos proferidos nas ruas, praças e feiras. Tendo como suporte o mundo boêmio e marginal dos jograis, fidalgos, bailarinas, artistas da corte, aos quais se misturavam até mesmo reis e religiosos, tinham por finalidade retratar os usos e costumes da época por meio de uma crítica mordaz. Assim, havia duas categorias: a de escárnio e a de maldizer.
Apesar de a diferença entre ambas ser sutil, as cantigas de escárnio eram aquelas em que a crítica não era feita de forma direta. Rebuscadas de uma linguagem conotativa, não indicavam o nome da pessoa satirizada. Verifiquemos:
Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!...
João Garcia de Guilhade
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!...
João Garcia de Guilhade
Nas cantigas de maldizer, como bem nos retrata o nome, a crítica era feita de maneira direta, e mencionava o nome da pessoa satirizada. Assim, envolvidas por uma linguagem chula, destacavam-se palavrões, geralmente envoltos por um tom de obscenidade, fazendo referência a situações relacionadas a adultério, prostituição, imoralidade dos padres, entre outros aspectos. Vejamos, pois:
Roi queimado morreu con amor
Em seus cantares por Sancta Maria
por ua dona que gran bem queria
e por se meter por mais trovador
porque lhela non quis [o] benfazer
fez-sel en seus cantares morrer
mas ressurgiu depois ao tercer dia!...
Pero Garcia Burgalês
Em seus cantares por Sancta Maria
por ua dona que gran bem queria
e por se meter por mais trovador
porque lhela non quis [o] benfazer
fez-sel en seus cantares morrer
mas ressurgiu depois ao tercer dia!...
Pero Garcia Burgalês
Fonte: brasilescola.uol.com.br
Funções da linguagem
Para que serve a linguagem?
Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de
comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza
vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que
faz.
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da
linguagem? Para que ela funciona?
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou
finalidades básicas. Veja a seguir:
1) Função referencial ou
denotativa
Palavra-chave: referente
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade
aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das
notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de
conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a
mensagem se refere. Exemplo:
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja,
uma banana e um morango. (Este texto informa o que
há dentro da cesta, logo, há função referencial).
2) Função expressiva ou emotiva
Palavra-chave: emissor
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e
emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de
interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de
exclamação. Exemplos:
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!
3) Função apelativa ou conativa
Palavra-chave: receptor
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a
intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao
receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e
imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se
dirigem diretamente ao consumidor. Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
Fonte: soportugues.com.br
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Critérios de Avaliação para Redação da FUVEST
Por Ana Lourenço
Publicado em 27 nov 2017, 16h30
Se você vai
prestar a segunda fase da Universidade de São Paulo - USP, provavelmente a
redação é uma das suas preocupações, tanto porque representa uma parte
importante da nota, quanto porque tem o seu modo de corrigir e de elaborar
temas.
C1 - Tipo de texto e abordagem: A banca examina se o texto atendeu aos padrões de uma dissertação e se está adequado ao tema. Assim como na Unesp, também é avaliado se o texto soube articular o tema à coletânea, e se foi capaz de selecionar os pontos importantes de cada trecho. Também é analisada a abordagem do tema e o potencial crítico dos argumentos.
De acordo com a professora Andrea, a Fuvest valoriza muito o texto bem articulado e o candidato que saiba ir além da coletânea. “O bom texto para a Fuvest é aquele que articula bem os argumentos, que apresenta informatividade, que consegue transcender a proposta e a coletânea e que consegue mostrar princípio de autoria”, diz.
Nessas
semanas finais de estudo, o importante é continuar treinando as redações da
maneira que você vem fazendo ao longo do ano. De acordo com a professora Andrea
Provasi Lanzara, do Cursinho da Poli, não se deve perder o ritmo, mesmo com a
proximidade das férias e das comemorações de fim de ano. “É necessário que o estudante escreva um ou dois textos por semana,
e que procure formar um grupo de amigos para trocar essas redações entre si”,
diz.
A redação, especificamente, é aplicada no primeiro dia, junto à prova de
português e inglês, valendo 50 pontos dentre os 100
totais do dia. A Fuvest cobra o mesmo tipo de texto da Unesp: o dissertativo.
Veja os
critérios de correção:
C1 - Tipo de texto e abordagem: A banca examina se o texto atendeu aos padrões de uma dissertação e se está adequado ao tema. Assim como na Unesp, também é avaliado se o texto soube articular o tema à coletânea, e se foi capaz de selecionar os pontos importantes de cada trecho. Também é analisada a abordagem do tema e o potencial crítico dos argumentos.
C2 - Estrutura: Avalia
a coerência do texto, os parágrafos, os elementos de coesão. A organização dos
argumentos e sua disposição no texto também são analisados.
C3 -
Expressividade: Corrige os aspectos gramaticais, como
ortografia, pontuação e demais erros. Além disso, a competência do candidato em
defender o ponto de vista e a clareza de suas ideias.
De acordo com a professora Andrea, a Fuvest valoriza muito o texto bem articulado e o candidato que saiba ir além da coletânea. “O bom texto para a Fuvest é aquele que articula bem os argumentos, que apresenta informatividade, que consegue transcender a proposta e a coletânea e que consegue mostrar princípio de autoria”, diz.
Mas o que
significa isso? Simples: o candidato deve mostrar que sabe fundamentar sua tese com seu repertório pessoal de informações,
ou seja, que consegue sair do senso comum e do que é apresentado nos
textos da coletânea, apresentando um conhecimento construído ao longo da vida e
em tudo o que absorveu de seus estudos.
Se você
estiver com dúvidas de como fazer um bom texto seguindo esses parâmetros, a
pesquisadora e assessora pedagógica da editora Saraiva, Carolina Assis Dias
Vianna recomenda que você dê liberdade ao seu pensamento.
“Na hora da
prova, reflita: com base nos textos da coletânea e em outros que você já leu
sobre o assunto, o que você de fato pensa? Não tente adivinhar o que os
corretores querem que você escreva”, diz.
Nesse
sentido, não tenha medo de defender suas ideias. “Assumir um ponto de vista não
significa necessariamente ter de dizer que é bom ou ruim, certo ou errado. Pelo
contrário, uma opinião madura considera que nunca uma situação terá uma
avaliação única”, ressalta Carolina.
Em relação
aos temas, a Fuvest é conhecida por pedir temas com um teor mais
filosófico e reflexivo. “Isso leva ao erro de pensar que temas
filosóficos e subjetivos estão em oposição a temas de atualidades. Mas esse
pensamento é equivocado, porque são temas que devem ser trabalhados em relação
à sociedade atual”, explica a professora Andrea.
Fonte: Guia do
Estudante (adaptado)
Critérios de Avaliação para Redação do ENEM

Por Carolina Vellei
Publicado em 25 jun 2015, 23h13
No Enem
2014, apenas 250 pessoas tiraram nota máxima na redação. Sabe qual a
porcentagem que esse número representa do total de participantes? Apenas 0,004%
(mais de 6,1 milhões de candidatos fizeram a prova). Para o Inep,
instituto responsável pela aplicação do exame, esses foram os
estudantes que cumpriram todas as competências exigidas pela prova. Por
isso, é importante conhecer os critérios de avaliação usados pelos corretores
para saber como produzir um texto digno de nota 1000. Conheça abaixo as 5
competências exigidas pela banca:
1. Demonstrar domínio da
modalidade escrita formal da língua portuguesa
Esse é o
requisito fundamental para tirar uma boa nota. Para atender a essa exigência,
você precisa ter consciência da diferença entre a modalidade escrita
e a oral, bem como entre registro formal e informal. Não é porque na
oralidade falamos “pra” que devemos escrever assim no texto. Evite contrações
(pra, pro, numa…) e prefira escrever a palavra toda (para, para o, em uma…),
fuja das gírias e de repetições. Além disso, na redação do seu texto, você deve
procurar ser claro, objetivo e direto, empregar um vocabulário mais
variado e preciso, diferente do que utiliza quando fala, e seguir as
regras estabelecidas pela modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
O texto dissertativo-argumentativo escrito exige que
alguns requisitos básicos sejam atendidos corretamente:
· Concordância
nominal e verbal;
· Regência
nominal e verbal;
· Pontuação;
· Flexão de
nomes e verbos;
· Colocação
de pronomes oblíquos (átonos e tônicos);
· Grafia das
palavras (inclusive acentuação gráfica e emprego de letras maiúsculas e
minúsculas); e
· Divisão
silábica na mudança de linha (translineação)
DICA: Usar
o rascunho é essencial para evitar esses erros.
2. Compreender a proposta de
redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o
tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em
prosa
O Enem não
quer que o texto do participante tenha caráter apenas expositivo, porque
isso não é fazer uma dissertação-argumentativa. É preciso apresentar
um texto que expõe um aspecto relacionado ao tema, defendendo uma posição,
uma tese. Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores,
porque foram apresentados apenas para despertar uma reflexão sobre o tema
e não para limitar sua criatividade. É nessa competência que o Enem espera
ver o seu conhecimento de mundo. Utilizar informações de várias fontes (livros,
filmes, exposições) demonstra que você está atualizado em relação ao que
acontece no mundo. Mas, atenção! Mantenha-se dentro dos limites do tema
proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Fuga do tema é
um dos principais problemas identificados nas redações que levam nota zero.
3. Selecionar, relacionar,
organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de
um ponto de vista
O terceiro
aspecto a ser avaliado no seu texto é a forma como você
seleciona, relaciona, organiza e interpreta informações, fatos, opiniões e
argumentos em defesa do ponto de vista defendido como tese. O seu texto
precisa apresentar, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos
que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática exigida
pela proposta de redação. Esta competência trata da inteligibilidade do texto,
ou seja, da sua coerência. Coerência tem a ver com o encadeamento das ideias.
Cada parágrafo precisa apresentar informações novas, mas coerentes com o
que já foi apresentado anteriormente, sem repetições ou saltos temáticos.
É um desafio e tanto!
4. Demonstrar conhecimento dos
mecanismos linguísticos necessários para a argumentação
Nessa
competência são avaliadas a estruturação lógica e formal entre as partes da
redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos
estabeleçam entre si uma relação que garanta a sequenciação coerente do
texto e a interdependência entre as ideias (está ligada à competência 3,
também). Esse encadeamento pode ser expresso por conjunções, por determinadas
palavras, ou pode ser inferido a partir da articulação dessas ideias.
Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela
coesão do texto, porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e
parágrafos. É importante frisar: cada parágrafo deve ser composto de um ou mais
períodos também articulados e cada ideia nova precisa estabelecer
relação com as anteriores.
5. Elaborar proposta de
intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos
O quinto e
último aspecto a ser avaliado no seu texto é a apresentação de
uma proposta de intervenção para o problema abordado. Por isso, a sua
redação, além de apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos
consistentes, deve oferecer uma proposta de intervenção na vida social, ou
seja, uma “solução” para o problema. Essa proposta deve considerar os
pontos abordados na argumentação e deve se relacionar diretamente com a
tese desenvolvida no texto e ter coerência com os argumentos utilizados,
já que expressa a sua visão, como autor, das possíveis soluções para a
questão discutida. A proposta de intervenção precisa ser detalhada para permitir que
o leitor julgue a sua “exequibilidade” (a capacidade de ser posta em
prática). Por isso, é bom detalhar quais meios são importantes para
realizá-la. A proposta deve, ainda, refletir os conhecimentos de mundo de
quem a redige, e a coerência da argumentação será um dos aspectos
decisivos no processo de avaliação. É necessário que ela respeite os
direitos humanos: que não rompa com valores como cidadania, liberdade,
solidariedade e diversidade cultural.
As
informações desse texto foram retiradas do Guia do Participante do Enem,
elaborado pelo Ministério da Educação (MEC). Vale a pena dar uma conferida para
ler todas as dicas e os exemplos de avaliação feitos pelos corretores oficiais
do exame.
Fonte: Guia do
Estudante
Livros FUVEST / UNICAMP 2019

A FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular) que seleciona
alunos para a USP (Universidade de São Paulo) tem mudado a lista de livros
a cada três anos. Confira abaixo a lista para o vestibular de 2019:
Iracema - José de Alencar;
Memórias
póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis;
O
cortiço - Aluísio Azevedo;
A
relíquia - Eça de Queirós;
Minha
vida de menina - Helena Morley;
Vidas
secas - Graciliano Ramos;
Claro
enigma - Carlos Drummond de Andrade;
Sagarana - João
Guimarães Rosa;
Mayombe - Pepetela.
Já no vestibular da UNICAMP, a lista de obras aumenta um pouco. São eles:
Poesia:
Luís de
Camões, Sonetos.
Jorge de
Lima, Poemas
Negros
Ana Cristina Cesar, A teus pés.
Contos:
Clarice
Lispector, Amor,
do livro Laços
de Família.
Guimarães
Rosa, A
hora e a vez de Augusto Matraga, do livro Sagarana.
Machado de
Assis, O
espelho.
Teatro:
Dias Gomes, O bem amado.
Romance:
Camilo
Castelo Branco, Coração,
cabeça e estômago
Érico
Veríssimo, Caminhos
Cruzados
José
Saramago, História
do Cerco de Lisboa.
Diário:
Carolina
Maria de Jesus, Quarto
de despejo
Sermões:
Antonio
Vieira
(1) Sermão
de Quarta-feira de Cinza – Ano de 1672;
(2) Sermão
de Quarta-feira de Cinza – Ano de 1673, aos 15 de fevereiro, dia da trasladação
do mesmo Santo;
(3) Sermão
de Quarta-feira de Cinza – Para a Capela Real, que se não pregou por
enfermidade do autor.
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